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Plano de Ação – H3N2

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E SANEAMENTO
DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA EM SAÚDE

PLANO DE CONTINGENCIA EM COPMBATE AO VIRUS DA INFLUENZA H3N2

POCO REDONDO – SE

PREFEITO MUNICIPAL DE POÇO REDONDO
Ademilsom Chagas Junior
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Maria Elizangela Andrade Lima
COORDENAÇÃO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA
Maria Consuelo Resende Torres
COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Matheus Rodrigues Eneas

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO………………………………………………………………………………………………………….4
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………………………….5
2. OBJETIVOS……………………………………………………………………………………………………..6
3. CARACTERÍSTICAS DA INFLUENZA…………………………………………………………………………………….7
4. CENÁRIO DE SURTO MUNICIPAL………………………………………………………………………………………8
5. GESTÃO DO SURTO ……………………………………………………………………………………………….9
COORDENAÇÃO DE VIGILÃNCIA EPIDEMIOLOGICA…………………………………………………………………………10
6. MANEJO CLÍNICO E DE DIAGNÓSTICO ………………………………………………………………………………..12
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL……………………………………………………………………………………….13
7. TRATAMENTO COM USO DE ANTIVIRAIS………………………………………………………………………………..14
SÍNDROME GRIPAL EM PACIENTES COM CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES ……………………………………..15
SÍNDROME GRIPAL EM PACIENTES SEM CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES ……………………………………..16
TRATAMENTO……………………………………………………………………………………………………17
8. MONITORAMENTO DO SURGIMENTO DE NOVOS CASOS……………………………………………………………………….19
9. CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO E NOTIFICAÇÃO…………………………………………………………………………….19
10. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E MANEJO DO PACIENTE………………………………………………………………………21
11. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE TRANSMISSÃO DA INFLUENZA E OUTRAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ……………………………………..22
12. VACINA INFLUENZA………………………………………………………………………………………………23
13. MEDIDAS DE RESPOSTA AO SURTO DA INFLUENZA A H3N2………………………………………………………………….24
14. REFERENCIAS ………………………………………………………………………………………………….29

APRESENTAÇÃO

A finalidade desse plano é informar sobre a importancia do reforço do Fundo Municipal de Saúde para realizar medidas a fim de reduzir o impacto do surto de Influenza A (H2N3). Este plano está centrado em orientaçõesa, objetivos, responsabilidades, competências e ações dos vários setores que integrantes a secretaria municipal de saúde, a fim de minimizar os agravos do surto de Influenza H3N2.
A vivencia no cenário atual reforça a necessidade de definição de estratégia de prevenção e controle da influenza. Para isso a mobilização de meios e recursos é essencial para que o Plano possa ser operacionalizado. E, não devemos perder de vista, que a rápida notificação, detecção e resposta constituem o objetivo maior.
Apesar de se voltar ao setor saúde, o Plano Municipal de ações para surto de Influenza, aborda também o papel fundamental que a sociedade, população, comercio e afins terão que desempenhar conjuntamente por ocasião de um surto, para minimizar seu impacto, assim como todos os órgãos municipais.

1- INTRODUÇÃO

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, apresentando elevada transmissibilidade e distribuição global com tendência a se disseminar em epidemias sazonais, no primeiro semestre de cada ano, podendo também causar pandemias. Como tem ocorrido em outros estados, Sergipe tem apresentado a circulação do vírus Influenza A H3N2 já no mês de dezembro.
Em dezembro de 2021, segunda quinzena, foi verificado o aumento dos casos de Síndrome Gripal (SG) com exames negativos para SARS-CoV-2e com positivação de forma amostral para o vírus Influenza A H3N2 e outros Influenza A não subtipados. Além dos casos considerados leves, começaram a ser notificados casos mais graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), inclusive com evolução para o óbito. Assim, recomenda-se que os municípios elaborem plano de ação local para enfrentamento ao surto de Influenza e pandemia da COVID-19.
Destaca-se ainda que estados e municípios permanecem em condição de enfrentamento a pandemia de COVID-19 e, com isso, as autoridades sanitárias locais devem orientar a população a procurar os serviços de saúde mediante apresentação de sintomas, conforme o protocolo para COVID-19 ainda vigente.
Desta maneira, este plamo tem o objetivo de padronizar as medidas básicas para a condução dos casos de SG e SRAG nos serviços de atenção a saúde nos níveis de assistência disponíveis no município.
Com esse entendimento e atendendo as recomendações da secretaria de Vigilância em saúde/Ministério da saúde, a secretaria de estado da saúde de Sergipe, o municipio formalizou um planejamento de acordo com a realidade do próprio município.
Este documento apresenta o Plano de Ação Municipal elaborado de acordo com o plano de Ação nacional e estadual para seguirmos em caso se surto e define as ações de gestão, Vigilância, assistência a saúde,diagnostico e comunicação em cada nível de resposta. Além disso, este plano segue seu rigor de acordo com a necessidade de ação para cada momento.

2- OBJETIVOS

GERAL

• Orientar os serviços de saúde do setor publico municipal e setor privado, de forma coordenada para uniformizar as ações e minimizar os impactos da doença no município.

ESPECIFICOS

• Descrever as condutas e formas de atendimento por UBSs e setor sentinela para síndromes gripais.
• Apresentar caracteristicas sobre a Influenza H3N2.
• Orientar quanto a adoção de medidas profilaticas;

3- CARACTERÍSTICAS DA INFLUENZA

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e pode causar pandemias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a ocorrência de casos da influenza varia de leve a grave e pode levar ao óbito. A hospitalização e morte ocorrem principalmente entre os grupos de alto risco. Em todo o mundo, estima-se que estas epidemias anuais resultem em cerca de 3 a 5 milhões de casos de doença grave e de cerca de 290.000 a 650.000 mortes.
A doença é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus A, B, C e D. O vírus A está associado a epidemias e pandemias, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias. Habitualmente em cada ano circula mais de um tipo de influenza concomitantemente (exemplo: influenza A (H1N1) pdm09, influenza A (H3N2) e influenza B). Dependendo da virulência das cepas circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta substancialmente, não apenas por infecção primária, mas também pelas infecções secundárias por bactérias.
A infecção pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que
apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A gravidade da doença é maior quando surgem cepas pandêmicas, para as quais a
população tem pouca ou nenhuma imunidade.

A influenza (gripe) apresenta sintomas bem parecidos com os da Covid-19 e a transmissão ocorre da mesma forma. Neste sentido, as ações de imunização são de extrema importância para proteção contra a doença, além das medidas já adotadas para prevenção da Covid-19, e que devem ser mantidas para prevenção de ambas. Para esclarecer algumas dúvidas sobre sintomas e prevenção da doença, convidamos o infectologista pediátrico do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Marcio Nehab.
4- CENÁRIO DE SURTO MUNICIPAL

Os vírus da influenza possuem duas características especiais quanto à sua capacidade de provocar infecção e doença, ou seja, infectividade e patogenicidade, que significam respectivamente poder de transmissão do agente de uma a outra pessoa e de provocar doença. Pode haver agente de pouca infectividade e elevada patogenicidade, como por exemplo, o vírus da raiva, e pode haver agente de grande infectividade e pouca patogenicidade, como aparentemente é o vírus influenza sazonal.
O vírus influenza é capaz de provocar epidemias rapidamente e pode evoluir com pandemias quando um novo vírus dissemina em uma população que não apresenta imunidade.
A magnitude e o impacto de um surto de influenza irão depender, primariamente, do grau de transmissibilidade, da virulência do vírus e da eficácia dos tratamentos. Para estimar a magnitude e o impacto de uma pandemia são consideradas três situações distintas: um cenário otimista, com relativamente baixa transmissibilidade e morbidade/mortalidade e boa eficácia dos tratamentos; um cenário intermediário; e um cenário pessimista, com alta taxa de transmissibilidade e morbidade/mortalidade e baixa eficácia dos tratamentos.
Visando uma abordagem comum que facilite a padronização das ações e a transparência da comunicação no processo de preparação e resposta frente a suto de influenza entre os diferentes municípios, a OMS definiu períodos e fases a serem observados na elaboração dos Planos de Preparação para Enfrentamento de Influenza.
Os indicadores potenciais de gravidade são: taxa de letalidade; ocorrência de doença grave não comum; padrão de mortalidade não esperado; e complicações não comuns.
Atualmente, o municipio não identificou casos do vírus influenza através de coletas de swab para covid-19 encaminhadas ao LACEN (Laboratório Central de Saúde Publica), mas o numero de pessoas com sindromes gripais atendidas em Unidades Básicas de Saúde e Unidade de Pronto Atendimento tem aumentado diariamente.

5- GESTÃO DO SURTO

Os aspectos relacionados à gestão implicam no estabelecimento de compromissos, cadeia de comando, estruturas, organização de serviços para a execução e acompanhamento das ações planeadas tanto na fase de contenção quanto de mitigação.
Apesar de se destinar ao setor saúde, o Plano Municipal de ações para surto de Influenza aborda também os objetivos, responsabilidades, compromissos e ações de diversos outros setores, inclusive a população, que terão que desempenhar papeis importantes por ocasião de um surto na fase de contenção e de mitigação.
Fase de Contenção: identificação precoce, tratamento e isolamento de casos.
Fase de Mitigação: (monitoramento da situação epidemiológica e de priorização da assistência aos casos graves ou com potencial de complicação).
Assim, os principais objetivos, competências, responsabilidades e ações são:

COORDENAÇÃO DE VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA
Objetivos
 Proteger a saúde da população contra influenza;
 Manter a vigilância ativa com permanente análise da situação de saúde da população, articuladas num conjunto de ações que se destinam a controlar determinantes de riscos e danos à saúde;
 Reduzir a disseminação de vírus potencialmente pandêmico e a sua morbimortalidade;

Responsabilidades e competências

 Coordenar as ações de preparação e resposta ao enfrentamento de um surto;
 Garantir a integralidade da atenção envolvendo ações de promoção, proteção, prevenção e controle de influenza na saúde da população;
 Planejar, coordenar e avaliar o processo de supervisão e monitoramento das ações de Vigilância para enfrentamento do surto;
 Garantir a informação de forma sistemática sobre risco, severidade e progressão do surto e eficácia das intervenções utilizadas.
 Promover e participar na elaboração e execução de estratégias de vacinação;
 Coordenar e acompanhar os preparativos para o enfrentamento de epidemia de influenza;
 Formular e implementar políticas, diretrizes e projetos estratégicos relativos a influenza;
Ações

 Elaborar protocolos de vigilância epidemiológica e laboratorial;
 Avaliar a expansão geográfica do vírus para orientar a organização da assistência;
 Identificar locais com cluster de casos e aplicar medidas de controle para evitar a propagação;
 Identificar casos graves com o objetivo de reduzir a mortalidade;
 Informar a população sobre o risco, a severidade e a progressão do surto bem como as medidas a serem utilizadas;
 Realizar o monitoramento da situação de saúde identificando precocemente situações de emergência epidemiológica;
 Coordenar, monitorar e acompanhar o desenvolvimento das ações no município.

Prestador de Serviços de Urgência e Emergência

Os casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave serão encaminhados ao prestador de urgência e emergência municipal a UPA Dona Zulmira Soares, que será responsável por prestar a assistência e referenrenciar para a Rede de Atenção a Saúde, assim como responsável por, coletar amostras de swab e notificar as Sindromes Gripais (SG) e Sindromes Respiratória Aguda Grave (SRAG) através dos sistemas de notificação e alimentação.
6- MANEJO CLÍNICO E DE DIAGNÓSTICO

A excreção viral inicia durante o período de incubação, com pico do primeiro ao segundo dia de sintomas, decrescendo para níveis identificáveis em torno de uma semana, em geral correlacionando-se à intensidade de sintomas, embora entre crianças e imunossuprimidos possa haver excreção mais prolongada.
Sinais e sintomas Infecção aguda das vias aéreas que cursa com quadro febril (temperatura ≥37,8°C), com a curva térmica usualmente declinando após dois ou três dias e normalizando em torno do sexto dia de evolução. A febre geralmente é mais elevada, persistente e prolongada em crianças. O diagnóstico clínico é caracterizado por febre com sinais de comprometimento de vias aéreo superiores e com pelo menos um sinal de comprometimento sistêmico. Os sinais e sintomas são habitualmente de aparecimento súbito, como:
Comprometimento de vias aéreas superiores: rinorreia, dor de garganta, disfonia (rouquidão) e tosse.
Comprometimento sistêmico: mal-estar, calafrios, cefaleia e mialgia.

As queixas respiratórias tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se, em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. A rouquidão e a linfadenopatia cervical são mais comuns em crianças. A tosse, a fadiga e o mal-estar frequentemente persistem pelo período de uma a duas semanas e raramente podem perdurar por mais de seis semanas.
Complicações a evolução da gripe (influenza) geralmente tem resolução espontânea em sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. Alguns casos podem evoluir com complicações, sendo as mais comuns:
• Pneumonia bacteriana.

• Sinusite.

• Otite.

• Desidratação.

• Piora de doenças crônicas como insuficiência cardíaca, asma ou diabetes.

• Pneumonia primária por influenza.

Sinais de agravamento (piora do estado clínico)

• Aparecimento de dispneia ou taquipneia (frequência respiratória igual ou acima de 20 incursões por minuto) ou hipoxemia – (SpO2 < 95%).
• Persistência ou aumento da febre por mais de três dias ou retorno após 48 horas de período afebril (pode indicar pneumonite primária pelo vírus influenza ou secundária a uma infecção bacteriana).
• Alteração do sensório (confusão mental, sonolência, letargia).

Hipotensão arterial (sistólica abaixo de 90 mmHg e/ou diastólica abaixo de 60 mmHg).
• Diurese abaixo de 400 ml em 24 horas.

• Exacerbação dos sintomas gastrointestinais em crianças.

• Desidratação.

• Exacerbação de doença preexistente (doença pulmonar obstrutiva crônica – Dpoc, cardiopatia ou outras doenças com repercussão sistêmica).
• Miosite comprovada por creatinofosfoquinase – CPK (≥ 2 a 3 vezes).

• Elevação da creatinina sérica acima de 2,0 mg/dL.

6.1 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A amostra clínica preferencial é a coleta de swab da secreção da nasofaringe. Considerando a influenza sazonal, o período para coleta é a partir dos primeiros sintomas do indivíduo. As amostras são processadas por biologia molecular, pela técnica de reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa (RT-PCR) em tempo real. Os exames iniciais são realizados nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e os complementares, como a caracterização antigênica e genética dos vírus isolados, além da análise de resistências aos antivirais, nos laboratórios de referência qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além disso, a SES estará disponibilizando testes rápidos – antigeno para os municipios, isso facilitará o trabalho das UBS que tambem desempenharão o trabalho de identificação e diagnóstico.
As características clínicas não são específicas e podem ser similares àquelas causadas por outros vírus respiratórios, que também ocorrem sob a forma de surtos e, eventualmente, circulam ao mesmo tempo, tais como rinovírus, para influenza, vírus sincicial respiratório, adenovírus, coronavírus, entre outros. Apesar de os sintomas sistêmicos serem mais intensos na influenza que nas demais infecções virais, elas cursam com quadro clínico semelhante, daí a denominação de síndrome gripal, o que torna difícil o diagnóstico diferencial apenas pelo exame clínico.

7. TRATAMENTO COM USO DE ANTIVIRAIS

Os antivirais fosfatos de oseltamivir (Tamiflu®) e zanamivir (Relenza®) são medicamentos inibidores de neuraminidase, classe de drogas planejadas contra o vírus influenza. O tratamento com o antiviral, de maneira precoce, pode reduzir a duração dos sintomas e principalmente, a redução da ocorrência de complicações da infecção pelo vírus influenza. Contudo o medicamento de primeira escolha para início do tratamento da Influenza é o medicamento Oseltamivir.
A indicação de zanamivir somente está autorizada em casos de intolerância gastrointestinal grave, alergia e resistência ao fosfato de oseltamivir, além disso, seu uso é contraindicado em menores de 5 anos para tratamento ou para quimioprofilaxia e para todo paciente com doença respiratória crônica pelo risco de broncoespasmo severo, não pode ser administrado também em paciente em uso de ventilação mecânica, pelo risco que esta medicação apresenta em obstruir os circuitos do ventilador.
No caso de pacientes gestantes, em qualquer trimestre, com infecção por influenza A (H1N1)pdm09, o maior benefício em prevenir falência respiratória e óbito foi demonstrado nos casos que receberam tratamento até 72 horas, porém ainda houve benefício quando iniciado entre três a quatro dias após o início dos sintomas, quando comparado com casos que receberam o antiviral após cinco dias do início do quadro clínico.

SÍNDROMES GRIPAIS EM PACIENTES COM CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES

O tratamento envolve desde o uso de medicamentos sintomáticos e da hidratação, estando indicado o uso de fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) para todos os casos de SG que tenham condições e fatores de risco para o surgimento de complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo em atendimento ambulatorial.
Esta indicação se fundamenta no benefício que a terapêutica precoce proporciona, tanto na redução da duração dos sintomas quanto na ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza em pacientes com condições e fatores de risco para complicações. Pacientes de grupos de risco para surgimento de complicações e com SRAG, o antiviral ainda apresenta benefícios, mesmo se iniciado até cinco dias do início dos sintomas.
Vale ressaltar que todos os pacientes com síndrome gripal que apresenta condições/fatores de risco devem ser orientados para retornar ao serviço de saúde para avaliação do quadro clínico, para serem reavaliados quanto aos critérios de SRAG ou outros sinais de agravamento.

CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES

• Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal).
• Adultos ≥ 60 anos.

• Crianças < 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade).
• População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso.

• Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye).
• Indivíduos que apresentem:

 Pneumopatias (incluindo asma).

 Pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e possibilidade de reativação).
 Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica).

 Nefropatias.

 Hepatopatias.

 Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme).

 Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus).

 Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neuromusculares).
 Imunossupressão associada a medicamentos (corticoide ≥ 20 mg/dia por mais de duas semanas, quimioterápicos, inibidores de TNF-alfa) neoplasias, HIV/aids ou outros.
 Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos.

SÍNDROME GRIPAL EM PACIENTES SEM CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES

Na população geral a prescrição do fosfato de oseltamivir deve ser considerada baseada em julgamento clínico, devendo ser iniciado nesse público preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início da doença, além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação.
Estes pacientes devem receber orientações sobre sinais de alerta para retorno ao serviço de saúde se surgirem sinais de agravamento do quadro. Nos pacientes que apresentarem sinais de agravamento devem também receber de imediato o tratamento com o fosfato de oseltamivir. Neste grupo, o uso do medicamento deve ser utilizado criteriosamente de acordo com a disponibilidade para retirada.

TRATAMENTO

1. Tabela: tratamento, posologia e administração.

OBS: Em situações especiais, o julgamento clínico e virológico (testes laboratoriais) de amostras respiratórias devem guiar a decisão terapêutica para prolongar o tratamento por período superior a cinco dias em pacientes com doença grave ou prolongada. Os tratamentos mais longos podem ser necessários em pacientes imunossuprimidos, os quais podem apresentar replicação viral prolongada. Estes pacientes apresentam risco de desenvolver resistência. Para os pacientes que vomitam até uma hora após a ingestão do medicamento deve ser administrando uma dose adicional.

DOSE PARA TRATAMENTO EM RECÉM-NASCIDOS

• 1 mg/kg/dose 12/12 horas em prematuros.

• 1 mg/kg/dose 12/12 horas de 37 a < 38 semanas de idade gestacional.

• 1,5 mg/kg/dose 12/12 horas de 38 a 40 semanas de idade gestacional.

• 3 mg/kg/dose de 12/12 horas em RN com idade gestacional maior de 40 semanas.

OBS.: Tratamento durante cinco dias.

DOSE DE OSELTAMIVIR PARA PREMATUROS

A dose baseada no peso para os prematuros é menor do que para os recém-nascidos a termo devido ao menor clearance de osetalmivir ocasionada pela imaturidade renal. As doses foram recomendadas por dados limitados do National Institute of Allergy and Infections Diseases Collaborative. Caso o pó para suspensão oral não esteja disponível, o responsável pela administração do medicamento poderá reconstituir uma solução oral utilizando o conteúdo das cápsulas diluído em água, o conteúdo poderá ser misturado com alimentos açucarados.
DOSE PARA PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL

A dose aos pacientes com insuficiência renal, deverá ser ajustada com base no clearence de creatinina, conforme tabela abaixo:

2. Tabela: Dosagem para paciente com Insuficiência Renal

OBS: Em hemodiálise, a dose deve ser 30 mg após cada sessão de hemodiálise e, em diálise peritoneal, a dose de 30 mg, uma vez por semana.

8 – MONITORAMENTO DO SURGIMENTO DE NOVOS CASOS

Todo o caso de Síndrome Gripal deve ser notificado no Sistema ESUS-NOTIFCA, exceto os casos Síndrome Respiratória Aguda Grave, devendo estes casos serem notificados no SIVEP GRIPE.
Os casos de Síndromes Gripais leves e graves deverão ser coletados swab nasal para realização de RT-PCR, a fim de descartar que não se trata de caso de COVID-19, a fim de identificar outros vírus respiratórios.

9. CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO E NOTIFICAÇÃO

A Secretaria de Saúde do Estado de Sergipe (SES), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), alerta as Secretarias Municipais de Saúde e equipes de saúde para a necessidade de intensificação das ações de vigilância dos casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ocasionados pelo vírus Influenza fora do período de sazonalidade.
A influenza é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade e que habitualmente apresenta uma sazonalidade no primeiro semestre. Alguns estados brasileiros têm relatado em dezembro a ocorrência de surtos de Influenza, como: Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Espírito Santo e São Paulo. Sendo isolado em vários desses o vírus Influenza A H3N2.
No dia 13 de dezembro do corrente ano, a Secretaria de Estado da Saúde foi notificada de aumento de atendimentos no hospital do município de Itabaianinha, sendo grande parte devido a casos de Síndrome Gripal. Foram enviadas para o LACEN/SE 12 amostras de swab nasal no dia 14 de dezembro, para a realização de RT-PCR para SARS-CoV-2, para o qual todas as amostras foram negativas. Das 12 amostras processadas foram detectados 5 casos de Influenza A H3N2, sendo 3 homens e 2 mulheres, na faixa etária de 19 a 54 anos. Todos os casos tiveram sintomas gripais leves. Além dos casos de Itabaianinha também foi confirmado um caso de Influenza A H3N2 em Aracaju.
Diante desse cenário, a DVS, através do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), orienta que as Secretarias Municipais de Saúde e serviços de saúde estejam alertas para eventual aumento no atendimento de casos de Síndrome Gripal. Nessa situação, a comunicação deve ser imediata ao CIEVS através do e-mail notifica@saude.se.gov.br ou através do 0800 282 282 2.
Os casos de Síndrome Gripal devem ser notificados dentro do prazo de 24 horas a partir da suspeita inicial do caso por meio do sistema e-SUS Notifica (https://notifica.saude.gov.br/login);
Todos os casos de SRAG internados ou atendidos nas UPAS com indicação de internamento, ou que evoluíram para óbito, desde que obedeça a definição de caso suspeito, ou seja, “Indivíduo com Síndrome Gripal que apresente: dispneia/desconforto respiratório OU pressão persistente no tórax OU saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU coloração azulada dos lábios ou rosto” sejam notificadas, em até 24h, no SIVEP-Gripe;
Nos casos de SRAG, o diagnóstico deve ser realizado através da testagem pelo RT- PCR. A coleta de amostras deverá ser realizada conforme orientações das notas técnicas vigentes do LACEN-SE. Todas as amostras de SRAG hospitalizadas e notificadas no SIVEP GRIPE, além dos óbitos por SRAG, serão testadas para Covid-19 e somente as amostras negativas serão testadas para Influenza; 5) Nos demais casos de Síndrome Gripal deverão ser realizados os testes antigênico ou RT-PCR para SARS-CoV-2. Nas situações de interesse da
vigilância epidemiológica, a pesquisa de outros vírus respiratórios seguirá as orientações pactuadas entre Secretaria Estadual de Saúde, LACEN e outros serviços envolvidos;

10- CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E MANEJO DO PACIENTE

Fonte: cartaz_40x60_fluxo_gripe_protocolo_2015_curvas

*Fatores de risco: população indígena aldeada ou com dificuldade de acesso; gestantes; puérperas (até duas semanas após o parto); crianças <5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade); adultos (≥60 anos); pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus); transtornos neurológicos e do desenvolvimento que possam comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção
congênita, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, AVC ou doenças neuromusculares); imunossupressão (medicamentos, neoplasias, HIV/aids); nefropatias e hepatopatias; obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos); pacientes com tuberculose de todas as formas. **Sinais de piora do estado clínico: persistência ou agravamento da febre por mais de três dias; miosite comprovada por CPK (≥ 2 a 3 vezes); alteração do sensório; desidratação e, em crianças, exacerbação dos sintomas gastrointestinais.

11. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE TRANSMISSÃO DA INFLUENZA E OUTRAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Afastado o diagnóstico de Covid-19, o isolamento deve ser mantido por seis dias ou até 24horas após a remissão dos sintomas e as medidas de controle e prevenção devem ser mantidas, descritas abaixo:
Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;

Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

Fazer uso de máscara;

Distanciamento Social;

Higienizar as mãos após tossir ou espirrar (No caso de não haver água e sabão, usar álcool gel);
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

Manter os ambientes bem ventilados;

Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.

Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;

Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);

Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;

Orientar o afastamento temporário do trabalho, escola, entre outros, até 24 horas após cessar a febre.

12. VACINA INFLUENZA

É realizada anualmente para prevenção da doença. Pode ser administrada antes da exposição ao vírus e é capaz de promover imunidade efetiva e segura durante o período de circulação sazonal do vírus. As vacinas influenza disponíveis no Brasil, trivalente e quadrivalente, são inativadas (de vírus mortos), portanto sem capacidade de causar doença. A vacina trivalente (fragmentada e inativada) é utilizada nos serviços públicos de vacinação do país, sendo a quadrivalente utilizada nos serviços privados.
A composição e a concentração de antígenos hemaglutinina (HA) são atualizadas a cada ano, em função dos dados epidemiológicos que apontam o tipo e cepa do vírus influenza que está circulando de forma predominante nos hemisférios Norte e Sul. Cujo objetivo é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para a vacinação.
A vacinação neste ano de 2021 contemplou os seguintes grupos:
 Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
 Trabalhador da Saúde: todos os trabalhadores da saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade.
 Gestantes;
 Puérperas;
 Professores do ensino básico e superior;
 Povos indígenas;
 Idosos com 60 anos ou mais de idade;
 Forças de segurança e salvamento;
 Forças Armadas;
 Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independentemente da idade;
 Pessoas com deficiência permanente;
 Caminhoneiros;
 Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso;
 Trabalhadores Portuários;
 População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativa.
A vacina da Influenza poderá ser aplicada concomitantemente com a vacina da COVID-19 e demais vacinas, não mais sendo exigido o intervalo mínimo entre as vacinas. Não é indicada a vacinação em indivíduos sintomáticos, em fase aguda. A fim de estimular posteriormente a vacinação, é indicada a vigilância desse paciente.
Ao atender indivíduos com SG ou SRAG, deve-se sempre anotar no prontuário a informação sobre vacinação para COVID-19 (primeira, segunda e terceira dose e tipo de imunizante) e para influenza (dose anual).
Atualmente o município aguarda o envio de vacinas contra influenza para realização da aplicação.

13- MEDIDAS DE RESPOSTA AO SURTO DA INFLUENZA A H3N2
Vigilância em Saúde Suporte laboratorial Assistência
Vigilância Sanitária – Ações de prevenção nos estabelicimentos públicos e privados; Comunicação de risco
Gestão

13.1-Vigilância em Saúde

Instituir comunicação com a secretaria estadual de saúde (SES) e outras autoridades de saúde para obter de modo oportuno e preciso, as diretrizes nacionais;
Monitorar eventos e rumores na imprensa, redes sociais e junto aos serviços de saúde;
Revisar as definições de vigilância sistematicamente, diante de novas evidências ou recomendações do Ministério da Saúde ;
Reforçar a importância da comunicação e notificação imediata ao CIEVS estadual através do número 0800 282 2822 de casos suspeitos grave de influenza A H3N2; Realizar interlocução com as equipes de atenção primária, através de contato telefônico (79) 3544-2224 para esclarecimentos de dúvidas;
Qualificar os serviços de saúde para a detecção, notificação, investigação e monitoramento de prováveis casos suspeitos de Influenza A H2N3, conforme a definição de caso estabelecida, no devido sistema de informação orientado pelo MS;
Articular com a rede de serviços públicos e privados de atenção à saúde o aprimoramento e a detecção de possíveis casos suspeitos nos serviços de saúde; Emitir alertas para as unidades básicas de Saúde sobre a situação epidemiológica municipal, com orientações para a preparação de resposta, com medidas de prevenção e controle da Influenza A H2N3;
Monitorar o comportamento dos casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), nos sistemas de informação da rede, para permitir avaliação de risco e apoiar a tomada de decisão;
Atualizar a rede de vigilância e atenção à saúde sobre a situação epidemiológica do país e as ações de enfrentamento;
Monitorar semanalmente a rede de Unidades Sentinelas de SG e SRAG; Sensibilizar os profissionais de saúde e população em relação à etiqueta respiratória e higiene das mãos;
Elaborar e divulgar materiais de educação em saúde para o trabalhador da saúde; Coletar, no momento da notificação, as informações da Ficha de notificação para casos de Síndromes Gripais;
Garantir que os serviços de referência notifiquem, investiguem e monitorem os casos confirmados de Influenza A H2N3.
– Ao receber uma notificação de caso de Síndrome Gripal, a SIEVS deve avaliar se realmente o caso se enquadra na definição de suspeito, e proceder com as devidas orientações:
– Orientar o paciente a colocar a máscara cirúrgica e indicar isolamento domiciliar imediato até a avaliação do quadro clínico desse paciente para posterior encaminhamento de acordo com o resultado da avaliação e as condições clínicas do mesmo.

13.2-Suporte Laboratorial

Solicitar os insumos (meio de transporte viral e swabs de Rayon) para coleta de swab nasal,a fim de diagnósticar a influenza A e outros vírus respiratórios para a rede laboratorial, fornecidos pelo LACEN/SE;
Realizar a coleta de Naso-orofaringe sob protocolo da Organização Mundial da Saúde.
Apoiar no envio das amostras, via CGLab, para Laboratório Central (LACEN/SE) para realização de diagnóstico do Covid-19 por RT-PCR em tempo real;
Acompanhar o resultado do diagnóstico laboratorial das amostras enviadas, vírus influenza e outros vírus respiratórios;
Orientar a atenção básica e hospitalar quanto aos critérios de seleção dos casos suspeitos para realização da coleta das amostras, bem como o transporte e o armazenamento das amostras até a chegada ao Lacen;
Aplicar os protocolos de diagnóstico para a infecção humana pelo novo coronavírus (Covid-19) e influenza A, de acordo com as recomendações do MS. Comunicar a vigilância epidemiológica os resultados laboratoriais para adoção de medidas de prevenção e controle.
13.3 Assistências à Saúde

Promover a organização da rede de atenção para atendimento aos casos de SG e SRAG;
Mobilizar/estimular os responsáveis pelos serviços de saúde, que fazem parte da rede de atenção, a adotarem protocolos, normas e rotinas para o acolhimento, atendimento, medidas de prevenção e controle, entre outros;
Normatizar a regulação e manejo clínico do tratamento de Influenza;
Apoiar e orientar sobre medidas de prevenção e controle para a Influenza A H3N2; Estimular a organização da rede de manejo clínico e planejar ações que orientem os servidores sobre o fluxo de pacientes suspeitos Influenza A H3N2;
Monitorar os casos de SG e SRAG nos serviços de saúde;
Garantir acolhimento, reconhecimento precoce e controle de casos suspeitos de Influenza A H3N2;
Realizar levantamento dos insumos e equipamentos médico-hospitalares para atendimento de pacientes suspeitos de Influenza A H3N2;
Capacitar a Rede de Saúde para receber eventuais casos de Influenza A H3N2. Manter o Centro de Enfrentamento a COVID-19 em funcionamento para atender os usuários com Sindrome Gripal.

13.4-Vigilância Sanitária nos Pontos de Entrada e estabelecimentos locais

Elaborar material informativo para orientar a população quanto à prevenção e controle da Influenza A H3N2;
Divulgar procedimentos a serem adotados no caso de detecção de casos suspeitos a bordo dos meios de transporte ou nos pontos de entrada conforme protocolo da Anvisa;
Realizar orientações no comércio local para fiscalizar o cumprimento das medidas de prevenção;
Fiscalizar o cumprimento das medidas de prevenção para realização de eventos autorizados pelos órgãos competentes.

13.5- Comunicações de Risco

Divulgar as informações sobre a doença e medidas de prevenção junto à rede de serviços de saúde e população;
Divulgar informações epidemiológicas e de prevenção e controle da doença para a imprensa e redes sociais;
Elaboração e divulgação de materiais informativos sobre as medidas de prevenção e controle da Influenza;
Divulgar informações para população em geral em relação às medidas de etiqueta respiratória e higienização das mãos para a Influeza;
Divulgação de informações do novo coronavírus nas redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde e parceiros;
Monitoramento de redes sociais para esclarecer rumores, boatos e informações equivocadas.

13.6 – Gestão

Formar um grupo técnico para avaliação, criação de documentos instrutivos – Plano de Contingência e Fluxograma – e monitoramento do cenário epidemiológico atual;
Promover ações integradas entre Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica,
Laboratório, Vigilância Sanitária e outros órgãos envolvidos na prevenção e controle da Influenza A H3N2;
Garantir estoque estratégico de insumos laboratoriais para diagnóstico das Síndromes Gripais;
Garantir estoque estratégico de medicamento para o atendimento de casos confirmados de Influenza A H3N2;
Promover ações de educação em saúde referente à promoção, prevenção e controle De Influenza A H3N2;
Promover a divulgação de materiais desenvolvidos pela área técnicas referentes ao enfrentamento ao surto de Influenza A H3N2.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2017 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília:Ministério da Saúde, 2018.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 3ª. ed. – Brasília
: Ministério da Saúde, 2019.

AMARANTES, Suely. Influenza (gripe) – sintomas e prevençao. INSTITUTO NACIONAL DE SAUDE DA MULHER, DA CRIANCA E DO ADOLESCENTE, 2021. Disponível em: <http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/812-influenza>. Acesso em: 09/01/2022.

NOTA TECNICA 001/2022 – DAPS/DVS – SES – ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA O MANEJO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DA SINDROME GRIPAL E SINDROME RESPIRATORIA AGUDA GRAVE.

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